terça-feira, 24 de novembro de 2009

Instinto Selvagem


Como homem solteiro e que me considero politicamente correto, sempre condenei quem realizava práticas extraconjugais. Contudo, hoje indo para o trabalho, consegui fazer um paralelo entre o que ocorreu comigo e com os praticantes de tal sacrilégio.

No percurso para o trabalho, passo em frente um posto de gasolina que exibe suas belas colaboradoras (frentistas mulheres do sexo feminino) em trajes um tanto ao quanto sugestivos. Dentre tantas trabalhadoras, uma diariamente me chama atenção, possui uma bunda redonda, cintura fina e um cabelo bem comprido que acaricia levemente as redondezas traseiras, em um balançar hipnótico.

Hoje tudo mudou, não que ela tenha cortado o cabelo ou a bunda murchado, muito pelo contrário, estava boa como sempre. Porém, um dilema foi criado. Cerca de dez metros dela se encontrava uma morena aguardando para atravessar a rua. Seios fartos, olhos verdes e tudo que nós homens simplesmente idolatramos. E ai, olhar para a nova morena, mesmo que por uma vez, ou manter a rotina da frentista sedutora.

Foi ai que me deparei com o instinto, e pude perceber ele na sua mais pura forma. Pela minha cabeça passava: “Para que desperdiçar a oportunidade de olhar essa morena dos olhos verdes olhando para a frentista, amanhã a frentista vai estar aqui a morena provavelmente não”.

Moral da história, meu discurso arrebatador sobre os infiéis caiu por terra e por hoje eu perdôo. Pode ser que meus princípios morais me impeçam de cometer adultério de forma tão assídua quanto alguns quando casado de fato, mas não sei até quando princípios superam os instintos, então não julgarei mais.

Graças a Deus sou solteiro.